PINTURA ESTACIONÁRIA VS CONTÍNUA
Quanto ao sistema de movimentação de peças as linhas de pintura podem ser estacionárias, com as peças sendo transferidas manualmente de um equipamento para outro de forma unitária ou em lote. Esta solução tem baixo investimento e é geralmente adotada em casos de baixa produção.
Em linhas ditas contínuas as peças são movimentadas num fluxo contínuo, solução adotada para produções mais elevadas e, ou que necessitem uma cadência constante. O transporte mais utilizado é o aéreo com gancheiras. A distribuição das peças na gancheira pode definir a produtividade da linha de pintura. Em outros casos o transporte junto ao piso pode ser fator relevante no posicionamento das peças, utilizando-se transportadores de piso ou esteiras.
Podemos usar como parâmetro que pinturas contínuas com velocidade abaixo de 0.8 m/min não se justificam economicamente e que sua adoção pode se lastrear numa necessidade de cadência de produção e, ou constância na qualidade.
Pintura líquida vs eletrostática pó
Quanto ao tipo de tinta empregado as instalações podem ser destinadas para pintura líquida ou eletrostática pó. O tipo de recuperação da tinta define o projeto de cabine a ser utilizado.
Na pintura líquida a tinta se apresenta numa solução que contém solventes nocivos à saúde, caso venham a ser aspirados. Este aspecto define uma cabine apta a captar o “overspray” gerado e descartar o ar de aspiração que contém esses componentes, após devida depuração. Pintura em ambientes classificados que evitam defeitos por contaminantes sólidos presentes no ar aspirado, exigem insuflamento de ar limpo no mesmo volume do ar aspirado.
Na pintura eletrostática pó não temos a presença de voláteis nocivos, sendo sua concepção voltada a recuperar o pó não aderido nas peças, devolvendo ao ambiente o ar numa qualidade respirável. Neste caso, para pinturas em ambientes classificados, a necessidade de insuflamento de ar limpo é bem menor.
A pintura eletrostática pó é considerada ecológica, pois não agrega poluentes ao meio ambiente, porém a necessidade de cura da tinta a alta temperatura limita sua aplicação, como por exemplo em pintura de termoplásticos.