Fosfatização orgânica - como funciona?
• Fosfatização orgânica contém solventes orgânicos que fazem parte do fosfatizante removem os contaminantes oleosos da superfície metálica, diluindo-os no banho.
• Este filme adere firmemente ao metal. Disponibiliza funções químicas apropriadas, para proporcionar uma firme ancoragem química. Com a tinta ao contrário da fosfatização convencional cuja ancoragem é mecânica, com processo de fosfatização orgânica o grau de proteção ultrapassa 350 hs de “salt spray.
fosfatização inorgânica e convencional
A fosfatização inorgânica promove diversas reações físico químicas em meio aquoso na seguinte sequência, normalmente uma em cada banho:
1. desengraxe: Utiliza-se um desengraxante cuja finalidade é a remoção das substâncias oleosas da superfície metálica, para desimpedir o acesso dos reagentes nas próximas sequências.
2. enxágue: Um banho com água tem como finalidade evitar que os componentes químicos do banho anterior contaminem o banho subsequente. A necessidade de renovação dessa água gera efluente a ser tratado.
3. ativação ou refino: Um reagente químico modifica a superfície metálica promovendo pontos onde os cristais de fosfato metálico (ferro ou zinco) irão crescer, e aumentando a aderência dos mesmos.
4. fosfatização: Uma solução de fosfatos ácidos metálicos fornece material para o crescimento dos cristais que irão promover a rugosidade que garante a adesão da tinta.
5. passivação: Um reagente químico se deposita sobre a superfície metálica desprotegida entre os cristais de fosfato, aumentando a proteção contra a corrosão.
6. enxágue: Um banho com água tem como finalidade evitar que os componentes químicos do banho anterior contaminem a superfície a ser pintada, comprometendo a qualidade.
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Entre etapas e no final costuma haver um ou dois enxágues reduzir a contaminação na superfície aumentando a qualidade. O número de banhos chega 9.
fosfatização orgânica
A Fosfatização Orgânica ocorre em meio solvente sem água. Utiliza-se um único banho onde as peças passam pela seguinte sequência:
1. imersão: O óleo presente na peça se dissolve no solvente passando para o banho, aumentando sua concentração durante um período inicial. Ao deixar o banho a peça carrega consigo uma camada de solvente contendo resinas e óleo acumulado no banho. Após algum tempo o teor de óleo deixa de aumentar, pois a quantidade que entra é igual à que sai, entrando em equilíbrio. Um sistema de recirculação com filtro retira o particulado sólido do banho, como limalha e sujeira que acompanha as peças.
2. escorrimento: As peças são retiradas do líquido e escorrem num espaço superior do tanque saturado de solvente pois como o mesmo é mais pesado que o ar. Desta forma recupera-se o máximo de banho sem evaporação significativa de solvente.
3. secagem: As peças são posicionadas numa zona de alta ventilação, externa ao tanque, para evaporar o solvente e secar as peças. Com a evaporação do solvente da camada sobre a peça, as resinas reticulam encapsulando o óleo que funciona como um plastificante, formando uma película que adere firmemente na chapa metálica e de outro lado reage com as resinas da tinta.
3. secagem
2. escorrimento
1. imersão
Três formas de apilcação fosfatização orgânica
Imersão estacionária
As três etapas, Imersão, Escorrimento e Secagem são conduzidas num único Tanque. Esta opção é a de menor investimento. O cliclo de 10 min, com um painel de aspiração ou 5 min com dois painéis, atende até linhas de pintura contínuas com 2 m/min.
Imersão contínua
A opção de imersão contínua em tanque “barca” é interessante por dispensar transbordo entre a fosfatização e a pintura. Devido ao investimento inicial mais elevado em relação à estacionária, é recomendada para integração com linhas contínuas acima de 1,5 m/min. Uma estufa de secagem contínua de alta vazão deve ser considerada.